Com o fácil acesso a internet temos em mãos o poder de
‘entrar em qualquer mundo’ através da ‘liberdade virtual’.
Isso possibilitou muitos fãs a se aproximarem de seus ‘ídolos’
e demonstrarem sua admiração e carinho.
Confesso que a denominação fã me incomoda, porque nunca
gostei da sua origem, o fanatismo. Fanatismo, segundo definição quer dizer: s.m. Paixão cega que leva alguém a excessos em
favor de uma religião, doutrina, partido etc. Dedicação excessiva.
Se dedicar cegamente a algo não é saudável, nem
produtivo e nem mesmo racional.
Claro que vai ter quem diga que fã é só uma definição pra se referir a quem gosta muito de algo ou alguém, mas pra isso eu prefiro o
uso da palavra admirador/apreciador.
Até porque é impossível que a pessoa possa gostar de
tudo que outra produza, ninguém é 100% em suas obras e, nessa ordem,
nenhuma obra é 100% perfeita quando vinda de um humano. Ponto.
O termo ídolo é algo que me incomoda ainda mais do que o fã, porque denomina algum tipo de divindade, de perfeito, de maior/melhor do que
qualquer outro defecador de detritos, ou
seja, nós, humanos.
Aliás, pra mim, que acredita em Deus, só existe um único ídolo. Não
gosto de imagens, não acendo vela pra ‘anjos da guarda’, não gosto de cruz, não acredito no Papa, Vaticano, não gosto de espiritismo. E acima de tudo, não me importa se quem lê esse blog é ateu, católico, evangélico, espírita.
Respeito quem tem qualquer tipo de religião ou doutrina,
embora possa não concordar com ela, sempre vou respeitar o livre arbítrio de cada um. Logo, exijo respeito da outra
parte também.
Enfim, por todos esses motivos não faço uso da palavra
ídolo pra designar alguém que um fã segue. E Deus me livre de algum dia ser ídolo de alguém. Quero ter amigos, pessoas que gostem do meu trabalho, adoradores eu tô fora.
Mas graças a internet, algumas pessoas que gostam de fazer
uso da alcunha de fã, saudavelmente se aproximam de outros que produzem algo que esses fãs gostam/apreciam. A troca é gratificante, tanto pro criador, quanto pro
seguidor.
Um artista precisa do retorno e quando lida bem com seu
ego até mesmo as críticas construtivas são bem vindas. Alguns relacionamentos
entre os ‘fãs’ e o artista podem gerar relações de amizades verdadeiras,
convívio, momentos de prazer, e quando isso acontece é muito bom! Ambos saem
ganhando!
Mas, assim como a internet nos proporciona coisas boas, vem
também uma maior quantidade de porcarias, então temos os ‘fanáticos
loucos/stalkers’.
Esse tipo é o que se aproxima de seu objeto de adoração e o
persegue, o inferniza, o faz querer chamar a polícia. Mas como a internet é
ainda uma terra de poucas leis, se não rolar uma séria invasão de privacidade
ou comentários que definam crime, não podemos tomar nenhuma atitude contra tais
pessoa. Sofremos calados tendo apenas os amigos íntimos pra desabafar e nos defenderem dos ataques 'velados'.
Tem um segundo tipo de maluco que chega de mansinho querendo
fazer ‘amizade’ através de grupos sociais, dizendo-se apreciador de trabalhos
alheios, quando na verdade o que desejam é que um pouquinho da luz do artista
reflita nele e assim também possa brilhar um pouco. Aí, esse louco começa a fazer
contatos com várias pessoas do meio escolhido pra vampirizar e então, sem
conseguir esconder a verdadeira índole, passa dos limites e mostra quem
verdadeiramente é.
Comigo foi mais ou menos assim.
Na comunidade de BJDs (doll articulados que coleciono)
conheci uma colecionadora de Brasília, que é super tranquila e com
quem nunca tive problema. Mas através dela, veio um dito conhecido (que começo
a duvidar se realmente é amigo dela, dado o monte de mentiras que esse garoto
contou) e pediu pra que eu o adicionasse no twitter.
Como o meu twitter é usado pra divulgar trabalhos e coisas
corriqueiras, nada pessoal, o aceitei, não havia motivo pra não fazê-lo. O
garoto se dizia admirador dos meus roteiros e dolls e achei que não tinha
problema deixá-lo seguir meus posts pra saber das atualizações de blogs e
projetos.
Gabriel, o tal garoto, trocou um pouco de mensagens, as
quais respondi educadamente, porém sem nenhum intimidade, porque é sabido que não faço
amizade com qualquer pessoa da internet. Me mostrou um site
pessoal de um projeto, onde têm suas histórias e mundo ficcional, dei uma
olhada e não entrei mais, porque não me prendeu tanto. A iniciativa parecia
boa, mas não me apeteceu como leitora.
O problema maior, que me fez ver que o garoto é maluco, se
deu em Janeiro de 2013.
Numa tarde, estava cuidando do meu site de BJDs e recebi um
telefonema do meu esposo, Guilherme. O Guilherme trabalha num estúdio de
dublagem, um lugar onde profissionais vão pra trabalhar e não pra
fazer sala pra fã de dublagem.
Não é festa da uva! Se você quer conhecer um estúdio,
precisa pedir permissão pro DONO e não pros dubladores ou diretores, já que
esses são apenas funcionários como quaisquer outros.
Pois bem, o Guilherme soube que esse tal de Gabriel C. Silva
havia estado lá, procurando por ele. Até aí errado, porque não pediu pra se
encontrar, nunca tinha sequer falado com o Gui, mas nada tão anormal, apenas
sem noção.
O abuso se deu quando o Gabriel falou que EU tinha dado permissão
pra ele ir lá. Que ele havia ME ligado e eu havia autorizado e que fazia
parte da MINHA família.
Não sei até onde a secretária entendeu errado ou o grau
de maluquice do guri é passível de remédio, mas vou explicar minha parte:
1 - Eu não autorizo nada. A única autorização de entrada
permitida que posso dar é na minha casa. Não sou dona de nenhum estúdio de
dublagem pra permitir que qualquer Zé das Couves entre e saia de onde quiser.
2 – Eu NUNCA, NUNCA passo meu telefone pra ninguém da web.
NUNCA. Meu telefone é tão pessoal quanto meu endereço e exatamente por isso é
impossível que esse tal Gabriel tenha me ligado e eu permitido qualquer contato
dele com o Guilherme ou estúdio.
3 – Ele DEFINITIVAMENTE não faz parte da minha família,
porque se fizesse, já teria levado uma surra por ser abusado ou estaria
internado por ser louco e ficar assediando as pessoas livremente como se nada
fosse.
O Gabriel causou constrangimento pra mim, pro meu esposo e
pra secretária que não sabia como agir naquela situação. E poderia ter causado
um problema maior entre o Guilherme e seu chefe, o verdadeiro dono da empresa.
Além de irresponsável, se mostrou mentiroso e mau
caráter se utilizando de mentiras descabidas pra ter acesso ao mundo da
dublagem. Não sei até onde ele pensava ir e o que conseguir com isso, mas da
minha parte o excluí de qualquer contato virtual, mesmo que pouco, que tinha
com ele.
Não me admirou que mesmo mandando uma mensagem dizendo o
quanto ele agiu errado, o Gabriel não me respondeu nem mesmo pra se explicar. Além de mentiroso é
covarde.
O que me admirou mesmo, vou ver que esse moleque segue
muitas pessoas do meio de dublagem, alguns amigos pessoais meu e do Guilherme
(como a Petra Leão, o Leandro Caracciolo, Fernando Mendonça, Rodrigo Oliveira,
Philippe Maia, Mauro Ramos, etc, porque a lista é longa...).
Isso mostrou que esse rapaz não apenas se aproximou pra
conseguir vantagens, como dá tiro pra todos os lados pra conseguir o que quer.
Por isso eu deixo aqui o alerta.
Hoje, soube que ele assediou virtualmente
uma outra pessoa. Não entrarei em detalhes porque a história é
pessoal e não me pertence, mas posso dizer que é do meio artístico também.
Existe um limite entre a admiração, o fanatismo e o abuso.
O Gabriel C. Silva já cruzou esse limite comigo, com essa segunda pessoa e
possivelmente cruzará com mais, por isso resolvi fazer esse post.
Quem me conhece, conhece o Guilherme e tiver esse cidadão em
seus contatos, fiquem de olhos abertos. Ele não é confiável, ele é abusivo, ele
é irresponsável e ele não é admirador do seu trabalho.
É um desesperado por conseguir algum tipo de brilho,
mesmo que alheio, pra se livrar um pouco da escuridão de dentro da sua cabeça.
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