sexta-feira, 8 de março de 2013

Promessas e Ansiedade...






 Sou uma pessoa ansiosa, embora reservada.

 Por falar pouco com desconhecidos ou guardar opiniões desnecessárias quando nem me pedem pra dá-las, alguns pensam que sou apenas séria e retraída. A verdade é que por dentro, muitas vezes, estou em ebulição.

 Falar em público sempre me foi um sacrifício, uma vez, durante a apresentação de um trabalho em frente a classe, o pessoal fazia um barulho dos infernos e a gênia aqui teve a incrível ideia de gritar pra eles se calarem a fim de que meu grupo apresentasse o trabalho... O problema é que minha voz falhou e o grito virou um ganido sufocado pela falação dos alunos.

 Sempre que sei que terei que falar em público, fico mal humorada! Tenho insônia, minha mão umedeci. A ansiedade começa mesmo que meses antes da data em questão e é um verdadeiro pesadelo. Recentemente, numa das vezes que falei em público, minha voz sumiu durante alguns segundos.

 Pode parecer exagero, mas realmente só eu sei como é. Numa das crises de ansiedade, minhas pernas ficaram bambas, suei frio e meu coração disparou... chego a sentir vertigem. É desagradável e parece que vou ter uma ataque cardíaco.

 Justamente por ser alguém ansiosa detesto, repito, DETESTO que me prometam algo. Principalmente algo que eu desejo muito.

 Entendam, não sou de pedir, nunca fui. Ser filha de mãe divorciada que tem que cuidar sozinha de duas filhas, me tirou o luxo de pedir qualquer coisa. Sabia o sacrifício que minha mãe fazia pra nos comprar coisas básicas como comida, roupa e remédio, então preferia não pedir.

 Claro que como criança algumas vezes apelei pra isso, o que pensando bem, não devia ter feito. Mas não poderia passar pela infância sem alguns atos de falta de noção, né? 




 Cheguei a pedir duas bonecas pro meu pai, com diferença de uns 5 anos entre uma e outra, porque era além do orçamento da minha mãe, então apelei pra ele. Como estavam divorciados e ele não pagava pensão  alimentícia pra mim nem pra minha irmã, creio que não foi assim tão sacrificante. 

 Pedi também uma boneca escala 1/12 pro meu avô materno... mas me arrependi depois, porque fiquei com a sensação de que ganhei algo porque pedi e isso não me agradou. Sempre soube que meu avô não tinha obrigação de me dar nada, então pedir algo pra ele me fazia sentir errada.

 Lembro perfeitamente que uma vez, minha mãe chegou com um disco em casa, um que eu queria muito e fiquei surpresa porque não esperava ganha-lo tão cedo. Quando ela  viu minha reação, me contou que havia me dado o presente porque quando comentei que queria eu não pedi naquele momento, apenas disse que 'quando ela recebesse, se pudesse, me daria o disco'. Não na hora, apenas quando e se pudesse

 Minha mãe ter me contato que essa minha atitude foi importante, me fez ter ainda mais aversão ao ato de pedir.





 Hoje prefiro tentar pedir menos, seja o que for. Até pra pedir favores me sinto mal, o já me fez ter problemas de comunicação com conhecidos, acreditem.

 Quando quero muito algo, prefiro me esforçar sozinha pra conseguir, mesmo que demore. Só peço ajuda em último caso e se não conseguir, mesmo que com esforço, fazer/conseguir sozinha... e olha lá.

 Por isso me sinto mal sempre que alguém promete que me fará alguma coisa, sem eu pedir, mas que sabe que me é importante, e NÃO CUMPRE.

 Entendam, não peço nada, não peço nem que se lembrem de mim nesses casos. A única coisa que peço é que não digam que me farão algo e depois voltem atrás!

 Principalmente se for importante pra mim!

 Não diga que me dará uma chance e depois volte atrás, porque isso planta em mim expectativas, planos e ansiedade. Não falo de dinheiro, falo de realização como pessoa. Prometer algo e depois desistir é cruel, ainda mais quando sabe o quanto significa.

 Por ser naturalmente ansiosa, fico pensando em como dar o melhor de mim e de repente, descubro que não, não era preciso tanto planejamento e nem planos, porque simplesmente serei excluída de algo que não pedi, mas que me prometeram.





 Fico decepcionada e magoada e é uma coisa perdoável, claro, mas que deixa marcas. 

 Meu trabalho tem um preço físico, minha amizade não e pra manchar essa relação umas das coisas é me prometer algo e não cumprir.

 Eu não gosto de pedir nada, como já supracitado acima, mas dessa vez farei uma exceção:


Por favor, não prometa aquilo que não tenciona cumprir, que de minha parte prometo não criar expectativas a respeito.




***


Um comentário:

Paty Delphim disse...

Sabe Fran.. Sofro do mesmo problema... AH é a Paty..rs
Tenho problemas terríveis com roupa.. Se passa no quadril.. Fica 2 palmos.. SEM exagero .. Sobrando na cintura... As calças eu tenho q penar para achar algo q n mostre minha calcinha.. Pq tenho popo ala Brasil ... Gente cintura baixa é para americanas.. N para brasileira..
E agora q To vendo vestido de noiva... Q terror.. Tudo é feito para os cabides.. Vc veste e parece q apertaram toda sua gordura corporal normal para de baixo do seu braço ..
-.- .. Pq n param de fazer roupa para cabide e fazem para pessoas normais..

Bjs adorei o texto :)