quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O Sorriso da Menina Feia





 Se tiver algo na minha vida que eu posso afirmar é de que não sou uma mulher bonita.

 Não entendam essa afirmação como uma falsa modéstia em busca de elogios, porque não mendigo palavras doces e delicadas. Ao contrário, confio mais em pessoas sinceras, que por vezes podem magoar pelo excesso e por talvez alguma falta de tato, do que nas doces demais.

 Não dá pra ser amável, delicado e complacente o tempo todo e quem age sempre assim me causa desconforto, pois nunca vejo sinceridade por trás de atos tão perfeitamente generosos. Somos todos imperfeitos e prefiro contemplar, por vezes, a imperfeição de meus conhecidos do que a falsa perfeição, tendo que essa é impossível.

 Também por isso sou sincera quando falo sobre a certeza a cerca de minhas feições.

 Vejam bem, não sou o que a maioria das pessoas comuns reconhece como ‘garota bonita’. Tenho pouca altura, menos que um metro e sessenta centímetros, sou parda, herança de avô negro e avó caucasiana, detalhe que por traços preconceituosos existente em toda cultura já me garantem o título da não tão bela.

 Uso óculos por causa de uma miopia+astigmatismo, o que me impede de recorrer a lentes de contato quando uma roupa social implora por elas. Tenho cabelos cacheados, finos e ralos e justamente por isso não costumam ter força suficiente pra crescer.

 Por causa de dores terríveis de enxaqueca, me mediquei a mando de um neurologista, que sem me contar das reações adversas, me indicou um medicamento que me fez ganhar peso, estou uns oito quilos a mais do ‘ideal’ pro meu tamanho. O que pra indústria da moda e visão recente humana é um sacrilégio! Tenho ombros de menos e busto de mais, o que me causa mais problemas na hora de encontrar roupas do tamanho certo.

 Não estou contanto mazelas, entendam, o que estou relatando são os motivos que me levam a compreensão de minha figura e a aceitação, de bom grado, de que não nasci pros holofotes.

 Posso, e vivo, bem com isso. Aprendi desde cedo que jamais ganharia qualquer coisa pelo meu belo par de olhos azuis ou sorriso delicado.

 Aliás, meu sorriso nunca foi tão bem aceito por segundo, terceiros ou quartos. Quando sorria quase nunca era correspondida.

 Talvez as pessoas não me enxergassem. Era uma criança miúda pra idade e meus cabelos ralos não cresciam o suficiente pra emoldurar meu rosto nos padrões desejados pela sociedade já meus olhos castanhos escuros não chamavam qualquer atenção.

 Acho que foi por isso que depois de um tempo parei de sorrir pra estranhos. Nem mesmo pra crianças.

 Aprendi a lição bem cedo.

 Quando tinha uns quatro anos, recém chegada ao interior de São Paulo, fiz amizade com as filhas de uma vizinha. Uma delas, um ano mais nova que eu, acabou se tornando minha melhor amiga de infância, éramos coladas. Muitos perguntavam se éramos irmãs, quando nos viam juntas, mesmo sua pele caucasiana e olhos azuis provando o contrário logo a primeira vista.

 Numa certa tarde, atravessei o quintal de terra vermelha até a casa que ficava nos fundos do terreno, onde minha amiga morava com seus pais e irmãos, entre eles alguns mais velhos e uma mais nova.

 Lembro que uma de suas irmãs mais velhas estava sentada no chão de cimento batido, em frente a varandinha da casa. Ela conversava com a mãe, sobre algum assunto de adulto que pela pouca idade eu não entenderia, mesmo que prestasse atenção em algo, assim que me aproximei das duas.

 Perguntei a mãe se a minha amiga estava e ela foi chamar a pequena dentro de casa. Fiquei sozinha com a irmã mais velha.

 Ela era uma mulher de rosto forte, algumas sardas e olhos quase verdes, uma mulher comum, mas de traços interessantes. Era a irmã mais velha, por parte das mulheres, casada e com uma filha.  Recordo que ela tinha uma personalidade forte, pelo que suas irmãs me contavam, mas nada se mostrava bizarro, aquele dia.

 Sem assunto e com o silêncio que me deixava sem jeito do lado da irmã mais velha da minha amiga, alguém com quem pouco falei e por isso não sabia como agir na presença, resolvi demonstrar com um simples gesto um sinal de simpatia. Bom, o que se pode chamar de simpatia vindo de uma criança de quatro anos de idade.

 Não sei o que tinha no sorriso mudo que pode ter incomodado tanto àquela mulher, mas o que ganhei em resposta ao gesto foram algumas das palavras mais duras que já recebi em minha infância, palavras que reconheço, ajudaram a moldar meu comportamento perto de estranhos.

 Ela me encarou com aqueles olhos quase verdes, cabelos louros num tom quase palha e sardas quase escuras. Com aquele olhar irritado me perguntou:

 -- O que foi, menina feia? Menina horrorosa!!  

 Eu continuei muda, porque não sabia como responder àquilo, porque não esperava aquela reação e porque não entendi o que havia feito de tão ruim pra receber tais palavras por um simples sorriso. Sinto, até hoje, meus rosto ficando quente de vergonha, engolindo calada a agressividade enquanto a mãe dela voltava com a minha amiga.

 Sei que não chorei, por vergonha de chorar na frente da irmã mais nova e ter de explicar o motivo, mas senti os olhos arderem e lembro que ainda ouvi atrás de mim, enquanto me afastava com a minha amiga, algo sobre ‘quem era aquela menina feia, negrinha, que tava ali’ e a mãe responder ‘que era a filha da vizinha nova’.

 Desde que aquele dia eu percebi que sorrisos podem ofender, se forem sorrisos de pessoas que não se encaixam no padrão de beleza estipulado. Percebi que devemos guardar nossos sorrisos pra quem nos conhece e nos tem carinho.

 Pros estranhos desejo variavelmente um ‘bom-dia, boa-tarde ou boa-noite’ e nada mais, sempre com educação, mas nunca com expectativa nem de resposta.

 Minha mãe, a quem não me lembro se já contei essa história, sempre se ofende quando alguém não responde seus ‘bons-dias’ e nessas horas eu paro, lembro daquela tarde e respondo que é por isso que quase não falo com pessoas que não conheço.

 E perguntas ecoam na minha cabeça sobre qual teria sido a reação daquela vizinha se eu me encaixasse nos padrões sociais de beleza? Consciente de que nunca saberei a resposta, continuo o que estou fazendo e guardo comigo um último pensamento:


 Pessoas estranhas não gostam de sorrisos de ‘meninas feias’.




22 comentários:

Unknown disse...

Ser a "menina feia" por não se encaixar nos padrões é algo que aconteceu e acontece comigo sempre.Negra,gordinha,dentes tortos e nerd desde sempre sempre me senti assim mesmo tendo que dar sorrisos falsos a pessoas também falsas.Obrigada por me lembrar que não estou sozinha nessa pequena batalha contra o visual da moda.(sry se me alonguei é que me identifiquei e emocionei-me com o texto)

gerson disse...

ai ai, ela falou com uma criança de quatro anos o que não teria coragem de falar com alguém do próprio tamanho, típico.

Raquel Sumeragi disse...

Um monte de perguntas também ecoam na minha cabeça, Fran... esses padrões sociais que vivem moldando as pessoas...

Mateus Darach disse...

Nenhum padrão é verdadeiro e completo por não refletir a diferença da individualidade e da personalidade, coisas que nenhuma estética no mundo pode imitar. Padrões só existem para o que é sujeito a fotocópia - e singularidade não é. Quando aprendermos a admirar e valorizar a diferença ao invés do comum, estaremos mais próximos de saber o que realmente é a beleza.

Juliana disse...

Posso assinar embaixo?
A gente tem que conviver como pode com a ditadura da beleza, mas tem uma ainda pior: a ditadura da autoestima. E ela existe até mesmo entre terapeutas. Porque você não pode se amar sem se achar linda. Se entre nossos amigos, pessoas que amamos, há os lindos, os bonitos, os feios - e os amamos do mesmíssimo jeito - por que diabos somos obrigados a nos achar lindos? Não podemos nos amar por todas as outras qualidades? Na verdade, segundo a "lógica" vigente, não. Porque quem não é lindo, não merece ser amado.

Anônimo disse...

Parabéns pela lição, confesso que precisava ouvir uma experiência como essa.

Claudio Muniz
http://diariodeumamoreterno.wordpress.com/
https://www.facebook.com/goukishinryu
www.editoraoraculo.com.br

Unknown disse...

Continue a mostrar a beleza da sua arte. Essa sim, possui valores e deve ser exaltada. Lembre que as pessoas que te cercam te amam e merecem seus sorrisos... E um moço muito esperto chamado Gui soube ver a beleza invisível aos olhos comuns! Admiro seu trabalho e posicionamento na vida. Bjs, Nanda

Anna Soares disse...

Ah moça...
Eu também não sou uma moça que os padrões acham bonita. Eu não tenho um cabelo que passe perto de loiro e liso, mas também anda longe de cacheado, escuro. O meu cabelo é do tipo armado. Não tem cor definida, nem é liso e nem se derrama em cachos grandes ou pequenos coroando um rosto gracioso, que eu também não tenho.
Estou bem mais gorda do que o padrão e é difícil encontrar roupas pra vestir, como também foi encontrar amigos de verdade, em quem eu realmente pudesse confiar.
Durante um tempo deixei de sorrir pros estranhos, como você, achei que depois de nunca ser aceita em papeis legais das peças escolares e ouvir as meninas mais velhas (e o meu pai) dizendo que só as bonitas ficavam na frente (e o meu lugar era sempre a última fila), que eu não devia gastar meu sorriso com gente que achava que eu não valia a pena, educação ou um mínimo de gentileza.
Deixei de sorrir.
Mas durou pouco. Depois de entender o meu cabelo disforme, meu sorriso meio torto, meu manequim imenso e meus gostos, gostares, preferências, escolhas eu aprendi que eu sou tão feliz comigo mesma que isso tende a incomodar os outros. E que todas as coisas que me fazem feia também fazem de mim quem eu sou e eu gosto muito de quem eu sou. Mais do que muita gente dita bonita deve gostar de si mesmo. Sinceramente, acho que o que não me deixa ser bonita incomoda mais aos belos que a mim, que preciso encarar no espelho.
Aprendi, como você parece ter aprendido, a ver por dentro, a ver além, ver os porquês.
Não deixe de sorrir Fran, não por isso. Ao contrário, você deve rir mais. Eu tenho certeza que no meio de quem se incomoda com isso há de ter que goste, quem retribua, alguém com sorriso escondido que nem o seu. Mas sorria pra você, ainda que quem esteja vendo seja alguém que não merece ver, não há vingança melhor do que ser feliz.
E felicidade não é uma coisa que vem com a beleza, é preciso muito mais espírito.

Priscila Cavalcanti disse...

Minha querida, você é amada, pelo que já li e, seja bonita ou não, por qualidades que o tempo não apaga. Fui uma menina gorda e tb nao me encaixava no padrão. Aprendi a cuidar da inteligência e do coração, porque isso é o q fica. Tive uma avó linda, linda e q teve uma velhice muito triste, já q perdeu sua grande qualidade... o tempo é implacável.

Amanda Morgenstern disse...

Oi Fran, eu te sigo no twitter e por meio do Tio (seu marido) cheguei no seu blog.
Posso lhe dizer uma coisa, lhe entendo completamente, pois também já sofri com esse estigma de não ser bonita. Estou acima do peso para minha altura, se tenho mais que 1,60m tenho muito, odeio usar saltos altos, cabelos cacheados e volumosos, tenho cicatrizes pelo meu corpo e uso oculos que não abandono por nenhuma lente de contato. Eu estou ainda aprendendo a aceitar isso pois sofro de um transtorno chamado distimia (o que dificulta um pouco as coisas) e a 'única' coisa que me salva são os livros onde todos são lindos (sejam feios ou não). Se houve algo que eu aprendi com eles foi que só se ver bem com o coração, pois os olhos são cegos para a verdade. Você pode não ser bonita para outros, mas para mim, você é mais linda que qualquer uma dessas misses por ai.

Abraços de uma fã.

Natalia disse...

Como uma criança de cabelos escuros, feiçoes meio indigenas e de olhos escuros com vários primos loiros de olhos claros consigo entender a sua visão que uma criança pode ter de não ser bonita como os padroes, ainda mais antigamente que todas as barbies eram loiras por exemplo, os filmes eram americanos loirinhos. Depois que cresci vi que era bobagem da minha cabeça, crianças brasileiras são como nós, brancas, negras e indigenas tudo junto e que meus primos nunca tinham me dito algo, eu tinha complexo por ser diferente sem motivo, mas sei como marca esse padrão pré-estabelecido em nossas mentes.
Só gostaria de acrescentar que essa mulher é obviamente maldosa e perturbada, fora que é obvio preconceito.E muito provavelmente sociopata. Sinto por vc ter passado por esse absurdo, infelizmente infancia é cheia de ter que aguentar agressões alheias sem motivo. Nossa falar assim com uma criança de 4 anos? puxa vida eu jamais faria isso com alguem, sempre devolvi sorrisos e sinceramente acho todas as crianças lindas, então discordo desse ponto de vista que existam crianças feias. Se fosse eu tentaria as vezes mudar esse comportamento de se intimidar e se fechar, sabe só pra tentar ter um desfecho positivo, receber sorrisos de volta, que com certeza vc merece :)

Cinthia Souza disse...

Você mostrou ser superior por não ter se deixado levar por esses comentários infelizes, e por não ter se entregado a tristeza e desistido de viver. Você está aí! Exemplo pra qualquer pessoa. Deus te abençoe amada! beijos pra você! :D

Sam Silva disse...

O comentário ficou grande, e eu supor vou entender se você ficar com preguiça de ler tudo, rs.

Bem, existe uma lista infindável que caracteristicas que nos deixam fora da area vip do mundo, onde vivem "os mais belos". O caso é que grande parte da humanidade como um todo não se encaixa. O que se considera bonito em nossa cultura sempre vai privilegiar o mais dificil de se ter, o diferente.

Como num pais onde a miscigenação foi tão grande pode se eleger o padrão europeu de beleza?

Eu honestamente me cansei tem um tempinho de tentar atender a essas pressões. Quando se é adolescente se busca aceitação, mas depois que ela passou, dei bye bye a esses requisitos estúpidos. Comecei a eleger o que me fazia sentir bem, não o que as pessoas falavam. Então a gordinha continuou gordinha, continuou a usar óculos e ter cabelo cacheado (apesar de todo mundo querer que eu alisasse). Continuo a usar as roupas que quero. E isso me deixa feliz... Pois não vou agradar a todos nem que eu me torne Michael Jackson e me mude totalmente.

Enfim, você é uma incrível escritora querida, muito obrigada por continuar!

Tylly Silva disse...

Me visualizei no seu texto, passei por algumas situações como esta, na qual por ser baixinha, mulata ( mãe branca, pai filho de banco com negro). usando óculos e ainda por mais baixinha e gordinha, passei a infância e ainda passo na vida adulta por situações que as pessoas fazem piadinhas sobre meu cabelo, peso e altura. Mas como você aprendi a não ligar para isso, porque me sinto feliz como sou. Parabéns pelo texto e sinceridade.

cris disse...

brigado pela lição Fran, chorei, lembrei-me de coisas q passei na escola.Deus abençoe vc!

Nimloth Undomiel disse...

Seu texto acaba de me mostrar algo que sempre ouvi e nunca quis acreditar. Não é que somos feios; é que alguém sempre acha um jeito de descontar naqueles que não são "o padrão" a feiúra que têm dentro de si mesmos. São eles, não a gente. E desculpa o palavrão, mas... Que passem algum tempo refletindo sobre si mesmos ou... Que se fodam.
Abraços.

Supermauz disse...

Oi Fran, postei um comentário aqui mas acho que não foi atualizado. Enfim, sou cadeirante, tenho 36 anos e quando criança já sofri coisas piores do que o que você narrou neste texto. Eu entendo que padrões são aprendidos, renovados e esquecidos ao longo do tempo. Olhe 10 anos para trás e o que era "cool" hoje é ridículo. Eu só posso ficar feliz que esse fato não tenha contaminado você a ponto de atrapalhar a sua felicidade. Continue assim! felicidades pra você e pro Guilherme! Fiquem em paz. Namastê!

Laura disse...

Olha Fran, eu era uma menina bem bonita quando criança: ruiva e sardenta, sorridente quando feliz e chorona quando triste. O que tenho para te dizer é que várias vezes passei por situações como a que descreveste. Pessoas me chamando de feia, tirando sarro de mim e me levando às lágrimas sem motivo. Hoje sei que as pessoas tem suas próprias frustrações e que acabam despejando em quem nada tem haver com o assunto. É a fraqueza que machuca mais do que qualquer golpe...

Carol disse...

Sinceramente, Fran, num mundo desse, com seres humanos que dizem coisas desse tipo, você deveria é dar gargalhadas... eles estão mil anos luzes encalhados no mundo material e físico, alienados ao próprio umbigo. Só são o que têm. Não conhecem a beleza da caridade e do amor, estão longe de serem amados pelo que são, só pelo que aparentam ser.

Não existe gente feia, "a beleza está nos olhos de quem vê"... cada tem uma noção de beleza, mas por causa da mídia somos obrigados a gostar de apenas um esteriótipo. Graças a Deus, as pessoas que fogem desses esteriótipos, e não são consideradas "bonitas", quando encontram alguém que as amam, elas são realmente amadas. Não amadas pelo sorriso certinho, pelo tamanho dos seios, pelos cabelos, pelo corpo perfeito, mas são verdadeiramente amadas.

Eu sei que todo mundo gosta de se sentir belo, mas precisamos aprender a descobrir a nossa beleza, e não uma beleza que se pareça com a de alguém que só consideramos belos por causa da grosseria dos outros.

David Nery disse...

Engraçado que, em nossas conversas, volta e meia esse assunto vem à tona. :)

Bom, em primeiro lugar, ainda não consigo acreditar que tem gente que lhe considera "afro-descendente" (para não dizer as palavras que usávamos no passado mas o "politicamente correto" hoje nos censura) com base na cor da sua pele.

E segundo, as pessoas que não aceitam você pelo que você é não merecem fazer parte do seu ciclo social. Simples assim. Não adianta ficar dando murro em ponta de faca, não gostou do "produto"? Passar bem e bata a porta quando sair!

Olha, Fran, eu adoto a seguinte filosofia na minha vida: procuro me cercar de pessoas que me estimam. Gente que fica me "puxando para baixo", eu deleto. Qualquer coisa que eu faço com a minha vida hoje, sempre faço pensando num bem que essa mudança fará para mim, mas nunca para me encaixar em um padrão ou para ser aceito pelos outros.

Anônimo disse...

Essa pessoa era só bonita por fora, por dentro era podre. Pra te tratar assim, com certeza era alguém que não é feliz nessa vida.
Também sou pequena, tenho 1,53cm...sempre fui "a estranha" pq tenho um jeito de moleque. Meus pais me mandavam "agira como menina", me vestir direito...alisaram meu cabelo, falavam que eu tinha "beição de mula" e zombavam das minhas orelhas me chamando de dumbo, perguntando se dava pra voar. Enfim...
Cresci sendo uma pessoa agressiva por conta disso, não gosto de estar em local cheio que já me dá falta de ar, não consigo entrar no Metrô pro ex... Já desci do ônibus em um local que mal conhecia para pegar outro pois não parecia que todo mundo me olhava. Era zuada pelo meu próprio pai e por conta disso eu cresci sendo rude pra afastar as pessoas. Mandando todo mundo se f...tomar no... Não me orgulho disso não...
E agora que encontrei alguém que me valorize, eu aprendi que EU tenho que fazer algo e que essas pessoas não importam. Sou uma boa pessoa e isso que importa. Eu estou mudando por MIM. Apenas. Pq eu vi que na verdade eu sou LINDA por dentro...e você também é.
Não deixe NINGUEM te dizer que você é isso ou aquilo...você é o que quiser ser...e vai conquistar o que quiser conquistar. Você é incrível e ninguém pode te dizer ao contrário. Quem gosta de diminuir os outros, são pessoas que não sabem crescer na vida, então diminui o próximo pra ser maior.
Você faz um trabalho incrível e me parece ser uma pessoa maravilhosa. Não te conheço pessoalmente (infelizmente) mas nas suas postagens você me parece uma pessoa incrível. Não deixe jamais que te digam o contrário.
Grande Bj!

KNN.

Fêu disse...

Olá Fran! Amei seu texto e me emocionei. Às vezes as pessoas são cruéis sem nenhum motivo aparente, não é mesmo? Muitas vezes as reações que elas têm são movidas por sentimentos nada nobres...